Olhos atentos e mãos preparadas para observar e anotar as informações transmitidas pelos professores. Estes foram os gestos demonstrados pelos 44 estudantes das turmas de 4º e 5º ano das escolas Barão do Rio Branco e Rio Caeté, localizadas em Urussanga, nesta segunda-feira, dia 27, durante a saída de campo para conhecer a Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga. A atividade, desenvolvida pelo Comitê da Bacia através do projeto “Minha escola, meu rio”, contempla instituições educacionais de noves municípios da região Sul de Santa Catarina.
A saída de campo iniciou pela manhã no interior do município de Urussanga, na localidade de Rio Maior, nas dependências da Pousada Vale dos Figos. Os professores e integrantes da Comissão de Educação Ambiental do Comitê da Bacia, Andressa Bonetti e Alan Dutra, apresentaram o roteiro para os estudantes entregando um folheto com um mapa ilustrado do passeio e atividades. Nesta primeira parada, os alunos analisaram a qualidade da água do afluente rio Maior, a vegetação ao redor e concluíram que a área ainda está preservada.
Em seguida, na localidade de São João do Rio Maior, os estudantes observaram o divisor de águas, a extração de rochas e a presença de vegetação exótica das espécies Pinus e Eucalipto. Na comunidade de Santana, o coordenador da Comissão de Educação Ambiental do Comitê da Bacia, Alan Dutra, destacou a história e a situação do local. “Esta áreas foram mineradas pela máquina Marion na década de 80, retirando o solo para encontrar carvão e deixando o solo invertido. Por isso essas áreas não são mais aproveitadas. Aqui passa um dos afluentes do Rio Carvão com uma cor enferrujada que significa a junção do enxofre, carvão e minério de ferro nas águas”, afirmou. No bairro Nova Itália, os alunos acompanharam de perto o encontro do rio Maior, de águas limpas, com o rio Carvão, de águas ácidas, no qual nasce o rio Urussanga. A Estação de Tratamento de Esgoto foi outro local apresentado durante o roteiro.
Na divisa dos municípios de Morro da Fumaça e Treze de Maio, o coordenador Alan Dutra mostrou para os estudantes que o rio foi retilinizado para facilitar o escoamento das águas e evitar inundações. Conforme Dutra, o rio carrega os sedimentos provenientes das plantações de arroz, lixo, esgoto e áreas degradadas pela mineração de fluorita, argila, areia e carvão. No caminho próximo à foz, no município de Içara, o rio se apresentar em curvas, denominadas de meandros, até encontrar o mar. A cor da água neste local impressionou os alunos. “O mais bonito é este rio de cor azul, mas ele está todo poluído”, disse Gabriel Bialeski, 10 anos, estudante do 5º ano da escola Barão do Rio Branco. A foz, localizada na Praia do Torneiro, é o local onde o rio deposita todos os sedimentos que carregou ao longo do percurso.
Esta é a primeira vez que a diretora da escola Rio Caeté, Rosalba Zuchinalli, participa da saída de campo pelo Rio Urussanga. “Um passeio muito interessante que auxilia os alunos, com o mapa e as etapas, a adquirir o conhecimento mostrando por onde o rio passa e a situação atual”, afirmou. O estudante João Matheus Cavagnoli, 11 anos, da escola Barão do Rio Branco, desconhecia as informações repassadas durante o passeio. “Eu não sabia que tinha tanta poluição no Rio Urussanga e agora vou passar tudo o que aprendi hoje para os meus pais”, ressaltou.
A professora do 4º ano da escola Barão do Rio Branco, Luci De Costa, desenvolve um projeto sobre meio ambiente desde o início do segundo semestre. “Tudo o que eles entenderam e anotaram durante a saída de campo hoje será abordado na sala de aula e vamos elaborar uma maquete, montagem ou desenho da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga”, conclui. Até o mês de outubro deste ano, o Comitê da Bacia realizará mais quatro saídas de campo. A próxima acontecerá no dia 10 de setembro com a participação de 60 alunos dos municípios de Criciúma e Içara.
Texto e imagens: Eliana Maccari - Assessora de Imprensa
A saída de campo iniciou pela manhã no interior do município de Urussanga, na localidade de Rio Maior, nas dependências da Pousada Vale dos Figos. Os professores e integrantes da Comissão de Educação Ambiental do Comitê da Bacia, Andressa Bonetti e Alan Dutra, apresentaram o roteiro para os estudantes entregando um folheto com um mapa ilustrado do passeio e atividades. Nesta primeira parada, os alunos analisaram a qualidade da água do afluente rio Maior, a vegetação ao redor e concluíram que a área ainda está preservada.
Em seguida, na localidade de São João do Rio Maior, os estudantes observaram o divisor de águas, a extração de rochas e a presença de vegetação exótica das espécies Pinus e Eucalipto. Na comunidade de Santana, o coordenador da Comissão de Educação Ambiental do Comitê da Bacia, Alan Dutra, destacou a história e a situação do local. “Esta áreas foram mineradas pela máquina Marion na década de 80, retirando o solo para encontrar carvão e deixando o solo invertido. Por isso essas áreas não são mais aproveitadas. Aqui passa um dos afluentes do Rio Carvão com uma cor enferrujada que significa a junção do enxofre, carvão e minério de ferro nas águas”, afirmou. No bairro Nova Itália, os alunos acompanharam de perto o encontro do rio Maior, de águas limpas, com o rio Carvão, de águas ácidas, no qual nasce o rio Urussanga. A Estação de Tratamento de Esgoto foi outro local apresentado durante o roteiro.
Na divisa dos municípios de Morro da Fumaça e Treze de Maio, o coordenador Alan Dutra mostrou para os estudantes que o rio foi retilinizado para facilitar o escoamento das águas e evitar inundações. Conforme Dutra, o rio carrega os sedimentos provenientes das plantações de arroz, lixo, esgoto e áreas degradadas pela mineração de fluorita, argila, areia e carvão. No caminho próximo à foz, no município de Içara, o rio se apresentar em curvas, denominadas de meandros, até encontrar o mar. A cor da água neste local impressionou os alunos. “O mais bonito é este rio de cor azul, mas ele está todo poluído”, disse Gabriel Bialeski, 10 anos, estudante do 5º ano da escola Barão do Rio Branco. A foz, localizada na Praia do Torneiro, é o local onde o rio deposita todos os sedimentos que carregou ao longo do percurso.
Esta é a primeira vez que a diretora da escola Rio Caeté, Rosalba Zuchinalli, participa da saída de campo pelo Rio Urussanga. “Um passeio muito interessante que auxilia os alunos, com o mapa e as etapas, a adquirir o conhecimento mostrando por onde o rio passa e a situação atual”, afirmou. O estudante João Matheus Cavagnoli, 11 anos, da escola Barão do Rio Branco, desconhecia as informações repassadas durante o passeio. “Eu não sabia que tinha tanta poluição no Rio Urussanga e agora vou passar tudo o que aprendi hoje para os meus pais”, ressaltou.
A professora do 4º ano da escola Barão do Rio Branco, Luci De Costa, desenvolve um projeto sobre meio ambiente desde o início do segundo semestre. “Tudo o que eles entenderam e anotaram durante a saída de campo hoje será abordado na sala de aula e vamos elaborar uma maquete, montagem ou desenho da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga”, conclui. Até o mês de outubro deste ano, o Comitê da Bacia realizará mais quatro saídas de campo. A próxima acontecerá no dia 10 de setembro com a participação de 60 alunos dos municípios de Criciúma e Içara.
Texto e imagens: Eliana Maccari - Assessora de Imprensa
Alunos observam as águas cristalinas na Pousada Vale dos Figos, em Urussanga |
Cianças conhecem o local do encontro do rio Maior com o rio Carvão |
Área degradada pela extração de carvão |
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